terça-feira, 20 de maio de 2008

Desassossego

Toda a alma digna de si próprio deseja viver a vida em extremo. Contentar-se com o que lhes dão é próprio dos escravos. Pedir mais é próprio das crianças. Conquistar mais é próprio dos loucos.

Outro tipo de solidão"Outro tipo de solidão" by Edgardo Balduccio is licensed under CC BY-NC-ND 2.0


A liberdade é a possibilidade do isolamento. És livre se podes afastar-te dos homens, sem que te obrigue a procurá-los a necessidade de dinheiro, ou a necessidade gregária, ou o amor, ou a glória, ou a curiosidade, que no silencio da solidão não podem ter alimento. Se te é impossível viver só, nasceste escravo.

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Quando o nada aconteceu.

Milky Way / Via Láctea"Milky Way / Via Láctea" by Chaval Brasil is licensed under CC BY-NC-ND 2.0

Quando o nada aconteceu, tudo desapareceu…
Ficou uma estrela, uma pequena estrela, estrela do outro Mundo…um Mundo antigo.
Levo-a para todo o lado…ela é pequena, mas brilha no meu olhar e chama-se, Amizade.

segunda-feira, 24 de março de 2008

Pensamentos para pensar.

A vida é uma tragédia quando vista de perto, mas uma comédia quando vista de longe.
(Charlie Chaplin)

Não devemos permitir que alguém saia de nossa presença sem se sentir melhor e mais feliz.
(Madre Teresa de Calcutá)

O coração que está em paz vê uma festa em todas as aldeias.
(Provérbio hindu)

A paz vem de dentro de ti próprio, não a procures à tua volta.
(Buda)

Discordo daquilo que dizes, mas defenderei até à morte o teu direito de o dizeres.
(Voltaire)

O primeiro dever da inteligência é desconfiar dela mesma.
(Einstein)

Não importa o que o passado fez de mim. Importa é o que farei com o que o passado fez de mim.
(Chico Zé)

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

DEFICIÊNCIAS

"Deficiente" é aquele que não consegue modificar sua vida, aceitando as imposições de outras pessoas ou da sociedade em que vive, sem ter consciência de que é dono do seu destino.
"Louco" é quem não procura ser feliz com o que possui.
"Cego" é aquele que não vê seu próximo morrer de frio, de fome, de miséria, e só tem olhos para seus míseros problemas e pequenas dores.
"Surdo" é aquele que não tem tempo de ouvir um desabafo de um amigo, ou o apelo de um irmão. Pois está sempre apressado para o trabalho e quer garantir seus tostões no fim do mês.
"Mudo" é aquele que não consegue falar o que sente e se esconde por trás da máscara da hipocrisia.
"Paralítico" é quem não consegue andar na direção daqueles que precisam de sua ajuda.
"Diabético" é quem não consegue ser doce.
"Anão" é quem não sabe deixar o amor crescer.

"A amizade é um amor que nunca morre. "

Mario Quintana (escritor gaúcho 30/07/1906 -05/05/1994).

sexta-feira, 30 de novembro de 2007

O segredo

vazio"vazio" by pguedes is licensed under CC BY-SA 2.0



O segredo está no amor,
é evidente,
mas também em sabermos
afastar do nosso convívio
o que não presta.
Só quem se libertou
do medíocre e do vazio
poderá ser feliz.


Torquato da Luz

quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Bocage! O rexinxa Mor

Bocage, Poeta e Boémio

Manuel Maria Barbosa du Bocage, nasceu em Setúbal a 15 de Setembro de 1765, faleceu em Lisboa a 21 de Dezembro de 1805.

A sua infância foi infeliz. O pai foi preso por dívidas ao Estado quando ele tinha seis anos e permaneceu na cadeia seis anos. A sua mãe faleceu quando tinha dez anos. Possivelmente ferido por um amor não correspondido, assentou praça como voluntário em 22 de Setembro de 1781 e permaneceu no Exército até 15 de Setembro de 1783. Nessa data, foi admitido na Escola da Marinha Real, onde fez estudos regulares para guarda-marinha. No final do curso desertou, mas, ainda assim, aparece nomeado guarda-marinha por D. Maria I.
Nessa altura, já a sua fama de poeta e versejador corria por Lisboa.

Foi preso pela inquisicão, e na cadeia traduziu poetas franceses e latinos.
A década seguinte é a da sua maior produção literária e também o período de maior boémia e vida de aventuras. Fonte:www.ebiografia.com
SONETO Mais um daqueles, que não fazem falta,
Verbi gratia – o teólogo, o peralta,
Algum duque, ou marquês, ou conde, ou frade

Não quero funeral comunidade,
Que engrole sub-venites em voz alta;
Pingados gatarrões, gente de malta,
Eu também vos dispenso a caridade.

Mas quando ferrugenta enxada idosa
Sepulcro me cavar em ermo outeiro,
Lavre-me este epitáfio mão piedosa:

«Aqui dorme Bocage o putanheiro:
Passou a vida folgada, e milagrosa:
Comeu, bebeu, fodeu sem ter dinheiro».




segunda-feira, 17 de setembro de 2007

quinta-feira, 2 de agosto de 2007

Não tenho mais palavras

[Foto] Chão de pedras"[Foto] Chão de pedras" by Marco Bonito - O informívoro is licensed under CC BY-NC 2.0

Não tenho mais palavras.
Gastei-as todas a negar-te...
(Só a negar-te eu pudesse combater
O terror de ver em toda a parte).
Fosse qual fosse o chão da caminhada,
Era certa a meu lado
A divina presença impertinente
Do teu vulto calado
E paciente...
E lutei, como luta um solitário
Quando alguém lhe perturba a solidão.
Fechado num ouriço de recusas,
Soltei a voz, arma que tu não usas,
Sempre silencioso na agressão.
Mas o tempo moeu na sua mó
O joio amargo do que te dizia...
Agora somos dois obstinados,
Mudos e malogrados,
Que apenas vão a par da teimosia.


Miguel Torga







quarta-feira, 1 de agosto de 2007

SE FOSSES LUZ

Teaser"Teaser" by Tony Veloz is licensed under CC BY 2.0
De quantas há no mundo: - a luz do dia!
- Bendito seja o teu sorriso
Que desata a inspiração
Da minha fantasia!
Se fosses flor serias o perfume
Concentrado e divino que perturba
O sentir de quem nasce para amar!
- Se desejo o teu corpo é porque tenho
Dentro de mim
A sede e a vibração de te beijar!
Se fosses água - música da terra,
Serias água pura e sempre calma!
- Mas de tudo que possas ser na vida,
Só quero, meu amor, que sejas alma!

quarta-feira, 27 de junho de 2007

Rexinxaria com os Stones em Alvalade XXI

Mais uma vez Os Stones, e, já são cinco vezes, que vêm, ao Pais dos rexinxas. A rexinxaria, não podia deixar de estar presente, mas como desta vez era em Lisboa e como o povo trabalha e não tem assim tanto dinheirinho para gastar, nomeou um representante de peso para representar a rexinxaria no concerto dos Stones em Alvalade, o Sr. Rexinxa "Chefe Silva" o homem do vestidinho.

Vejam o vídeo.


sexta-feira, 27 de abril de 2007

Um velho Índio


Um velho índio descreveu certa vez os seus conflitos internos.

“ Dentro de mim existem dois cachorros, um deles é cruel e mau, o outro é muito bom e dócil. Eles estão sempre a brigar”.

Quando então lhe perguntaram qual dos cachorros ganharia a briga, o sábio índio parou, reflectiu e respondeu:

“ Aquele que eu alimentar”

quarta-feira, 25 de abril de 2007

HAJA MEMÓRIA

Nos dias de hoje, acho que há necessidade de avivar a memória, já passados 33 anos após a revolução dos cravos, anda para ai muito povo, que tem tendências a dizer que antigamente é que se vivia bem, enfim… começam a esquecer-se, da necessidade que se teve, de derrubar o antigo regime fascista. Ficam aqui alguns registos, do que esse regime era capaz de cometer. E já agora talvez valha a pena pensar nisto, não?

1931

O estudante Branco é morto pela PSP, durante uma manifestação no Porto;

1932

Armando Ramos, jovem, é morto em consequência de espancamentos; Aurélio Dias, fragateiro, é morto após 30 dias de tortura; Alfredo Ruas, é assassinado a tiro durante uma manifestação em Lisboa;

1934, 18 de Janeiro

Américo Gomes, operário, morre em Peniche após dois meses de tortura; Manuel Vieira Tomé, sindicalista ferroviário morre durante a tortura em consequência da repressão da greve; Júlio Pinto, operário vidreiro, morto à pancada; a PSP mata um operário conserveiro durante a repressão de uma greve em Setúbal

1935

Ferreira de Abreu, dirigente da organização juvenil do PCP, morre no hospital após ter sido espancado na sede da PIDE (então PVDE);

1936
Francisco Cruz, operário da Marinha Grande, morre na Fortaleza de Angra do Heroísmo, vítima de maus tratos, é deportado do 18 de Janeiro de 1934; Manuel Pestana Garcez, trabalhador, é morto durante a tortura;

1937

Ernesto Faustino, operário; José Lopes, operário anarquista, morre durante a tortura, sendo um dos presos da onda de repressão que se seguiu ao atentado a Salazar; Manuel Salgueiro Valente, tenente-coronel, morre em condições suspeitas no forte de Caxias; Augusto Costa, operário da Marinha Grande, Rafael Tobias Pinto da Silva, de Lisboa, Francisco Domingues Quintas, de Gaia, Francisco Manuel Pereira, marinheiro de Lisboa, Pedro Matos Filipe, de Almada e Cândido Alves Barja, marinheiro, de Castro Verde, morrem no espaço de quatro dias no Tarrafal, vítimas das febres e dos maus tratos; Augusto Almeida Martins, operário, é assassinado na sede da PIDE (PVDE) durante a tortura ; Abílio Augusto Belchior, operário do Porto, morre no Tarrafal, vítima das febres e dos maus tratos; 1938 António Mano Fernandes, estudante de Coimbra, morre no Forte de Peniche, por lhe ter sido recusada assistência médica, sofria de doença cardíaca; Rui Ricardo da Silva, operário do Arsenal, morre no Aljube, devido a tuberculose contraída em consequência de espancamento perpetrado por seis agentes da Pide durante oito horas; Arnaldo Simões Januário, dirigente anarco-sindicalista, morre no campo do Tarrafal, vítima de maus tratos; Francisco Esteves, operário torneiro de Lisboa, morre na tortura na sede da PIDE; Alfredo Caldeira, pintor, dirigente do PCP, morre no Tarrafal após lenta agonia sem assistência médica;

1939

Fernando Alcobia, morre no Tarrafal, vítima de doença e de maus tratos;

1940

Jaime Fonseca de Sousa, morre no Tarrafal, vítima de maus tratos; Albino Coelho, morre também no Tarrafal; Mário Castelhano, dirigente anarco-sindicalista, morre sem assistência médica no Tarrafal;

1941

Jacinto Faria Vilaça, Casimiro Ferreira; Albino de Carvalho; António Guedes Oliveira e Silva; Ernesto José Ribeiro, operário, e José Lopes Dinis morrem no Tarrafal;

1942

Henrique Domingues Fernandes morre no Tarrafal; Carlos Ferreira Soares, médico, é assassinado no seu consultório com rajadas de metralhadora, os agentes assassinos alegam legítima defesa (?!); Bento António Gonçalves, secretário-geral do P. C. P. Morre no Tarrafal; Damásio Martins Pereira, fragateiro, morre no Tarrafal; Fernando Óscar Gaspar, morre tuberculoso no regresso da deportação; António de Jesus Branco morre no Tarrafal;

1943

Rosa Morgado, camponesa do Ameal (Águeda), e os seus filhos, António, Júlio e Constantina, são mortos a tiro pela GNR; Paulo José Dias morre tuberculoso no Tarrafal; Joaquim Montes morre no Tarrafal com febre biliosa; José Manuel Alves dos Reis morre no Tarrafal; Américo Lourenço Nunes, operário, morre em consequência de espancamento perpetrado durante a repressão da greve de Agosto na região de Lisboa; Francisco do Nascimento Gomes, do Porto, morre no Tarrafal; Francisco dos Reis Gomes, operário da Carris do Porto, é morto durante a tortura;

1944

General José Garcia Godinho morre no Forte da Trafaria, por lhe ser recusado internamento hospitalar; Francisco Ferreira Marques, de Lisboa, militante do PCP, em consequência de espancamento e após mês e meio de incomunicabilidade; Edmundo Gonçalves morre tuberculoso no Tarrafal; assassinados a tiro de metralhadora uma mulher e uma criança, durante a repressão da GNR sobre os camponeses rendeiros da herdade da Goucha (Benavente), mais 40 camponeses são feridos a tiro.

1945

Manuel Augusto da Costa morre no Tarrafal; Germano Vidigal, operário, assassinado com esmagamento dos testículos, depois de três dias de tortura no posto da GNR de Montemor-o-Novo; Alfredo Dinis (Alex), operário e dirigente do PCP, é assassinado a tiro na estrada de Bucelas; José António Companheiro, operário, de Borba, morre de tuberculose em consequência dos maus tratos na prisão;

1946

Manuel Simões Júnior, operário corticeiro, morre de tuberculose após doze anos de prisão e de deportação; Joaquim Correia, operário litógrafo do Porto, é morto por espancamento após quinze meses de prisão;

1947

José Patuleia, assalariado rural de Vila Viçosa, morre durante a tortura na sede da PIDE;

1948

António Lopes de Almeida, operário da Marinha Grande, é morto durante a tortura; Artur de Oliveira morre no Tarrafal; Joaquim Marreiros, marinheiro da Armada, morre no Tarrafal após doze anos de deportação; António Guerra, operário da Marinha Grande, preso desde 18 de Janeiro de 1934, morre quase cego e após doença prolongada;

1950

Militão Bessa Ribeiro, operário e dirigente do PCP, morre na Penitenciária de Lisboa, durante uma greve de fome e após nove meses de incomunicabilidade; José Moreira, operário, assassinado na tortura na sede da PIDE, dois dias após a prisão, o corpo é lançado por uma janela do quarto andar para simular suicídio; Venceslau Ferreira morre em Lisboa após tortura; Alfredo Dias Lima, assalariado rural, é assassinado a tiro pela GNR durante uma manifestação em Alpiarça;

1951

Gervásio da Costa, operário de Fafe, morre vítima de maus tratos na prisão;

1954

Catarina Eufémia, assalariada rural, assassinada a tiro em Baleizão, durante uma greve, grávida e com uma filha nos braços;

1957

Joaquim Lemos Oliveira, barbeiro de Fafe, morre na sede da PIDE no Porto após quinze dias de tortura; Manuel da Silva Júnior, de Viana do Castelo, é morto durante a tortura na sede da PIDE no Porto, sendo o corpo, irreconhecível, enterrado às escondidas num cemitério do Porto; José Centeio, assalariado rural de Alpiarça, é assassinado pela PIDE;

1958

José Adelino dos Santos, assalariado rural, é assassinado a tiro pela GNR, durante uma manifestação em Montemor-o-Novo, vários outros trabalhadores são feridos a tiro; Raul Alves, operário da Póvoa de Santa Iria, após quinze dias de tortura, é lançado por uma janela do quarto andar da sede da PIDE, à sua morte assiste a esposa do embaixador do Brasil;

1961

Cândido Martins Capilé, operário corticeiro, é assassinado a tiro pela GNR durante uma manifestação em Almada; José Dias Coelho, escultor e militante do PCP, é assassinado à queima-roupa numa rua de Lisboa;

1962

António Graciano Adângio e Francisco Madeira, mineiros em Aljustrel, são assassinados a tiro pela GNR; Estêvão Giro, operário de Alcochete, é assassinado a tiro pela PSP durante a manifestação do 1º de Maio em Lisboa;

1963

Agostinho Fineza, operário tipógrafo do Funchal, é assassinado pela PSP, sob a indicação da PIDE, durante uma manifestação em Lisboa;

1964

Francisco Brito, desertor da guerra colonial, é assassinado em Loulé pela GNR; David Almeida Reis, trabalhador, é assassinado por agentes da PIDE durante uma manifestação em Lisboa;

1965

General Humberto Delgado e a sua secretária Arajaryr Campos são assassinados a tiro em Vila Nueva del Fresno (Espanha), os assassinos são o inspector da PIDE Rosa Casaco e o subinspector Agostinho Tienza e o agente Casimiro Monteiro;

1967

Manuel Agostinho Góis, trabalhador agrícola de Cuba, more vítima de tortura na PIDE;

1968

Luís António Firmino, trabalhador de Montemor, morre em Caxias, vítima de maus tratos; Herculano Augusto, trabalhador rural, é morto à pancada no posto da PSP de Lamego por condenar publicamente a guerra colonial; Daniel Teixeira, estudante, morre no Forte de Caxias, em situação de incomunicabilidade, depois de agonizar durante uma noite sem assistência;

1969

Eduardo Mondlane, dirigente da Frelimo, é assassinado através de um atentado organizado pela PIDE;

1972

José António Leitão Ribeiro Santos, estudante de Direito em Lisboa e militante do MRPP, é assassinado a tiro durante uma reunião de apoio à luta do povo vietnamita e contra a repressão, o seu assassino, o agente da PIDE Coelha da Rocha, viria a escapar-se na "fuga-libertação" de Alcoentre, em Junho de 1975;

1973

Amilcar Cabral, dirigente da luta de libertação da Guiné e Cabo Verde, é assassinado por um bando mercenário a soldo da PIDE, chefiado por Alpoim Galvão;

1974, 25 de Abril

Fernando Carvalho Gesteira, de Montalegre, José James Barneto, de Vendas Novas, Fernando Barreiros dos Reis, soldado de Lisboa, e José Guilherme Rego Arruda, estudante dos Açores, são assassinados a tiro pelos pides acoitados na sua sede na Rua António Maria Cardoso, são ainda feridas duas dezenas de pessoas.

A PIDE acaba como começou, assassinando. Aqui não ficam contabilizadas as
inúmeras vítimas anónimas da PIDE, GNR e PSP em outros locais de repressão.

Mais ainda

Podemos referir, duas centenas de homens, mulheres e crianças massacradas a tiro de canhão durante o bombardeamento da cidade do Porto, ordenada pelo coronel Passos e Sousa, na repressão da revolta de 3 de Fevereiro de 1927. Dezenas de mortos na repressão da revolta de 7 de Fevereiro de 1927 em Lisboa, vários deles assassinados por um pelotão de fuzilamento, à ordens do capitão Jorge Botelho Moniz, no Jardim Zoológico.

Dezenas de mortos na repressão da revolta da Madeira, em Abril de 1931, ou outras tantas dezenas na repressão da revolta de 26 de Agosto de 1931. Um número indeterminado de mortos na deportação na Guiné, Timor, Angra e no Cunene. Um número indeterminado de mortos devido à intervenção da força fascista dos "Viriatos" na guerra civil de Espanha e a entrega de fugitivos aos pelotões de fuzilamento franquist as. Deze nas de mortos em São Tomé, na repressão ordenada pelo governador Carlos Gorgulho sobre os trabalhadores que recusaram o trabalho forçado, em Fevereiro de 1953. Muitos milhares de mortos durante as guerras coloniais, vítimas do Exército, da PIDE, da OPVDC, dos "Flechas", etc.

Vejam o momento, mais marcante do 25 de Abril de 1974.

quarta-feira, 18 de abril de 2007

Funcionária da TAP

Logo of TAP Fonte: www.brandsoftheworld.com

Uma funcionária da TAP, em Lisboa, deveria ganhar um prémio por ter sido esperta, divertida e ter atingido o seu objectivo, quando teve que lidar com um passageiro que o que merecia mesmo, era voar no porão da bagagem. Um voo sobrelotado da TAP foi cancelado (por razões óbvias!). Uma única funcionária, atendia e tentava resolver o problema de uma longa fila de passageiros. De repente, um passageiro irritado passou por toda a fila, atirou o bilhete para cima do balcão e disse: Eu tenho que ir neste voo, e tem que ser em Primeira Classe. A funcionária respondeu: O Sr. desculpe, terei todo o prazer em ajudá-lo, mas tenho que atender estas pessoas primeiro, pois estão pacientemente na fila, há algum tempo. Quando chegar a sua vez, farei tudo para poder satisfazê-lo. O passageiro, irredutível, disse bastante alto para que todos na fila ouvissem: Você por acaso, faz alguma ideia de quem eu sou? Sem hesitar, a funcionária sorriu, pediu licença, pegou no microfone e anunciou: Atenção, atenção, por favor!!! - (a sua voz ecoou em todo o terminal) e continuou: Está aqui neste balcão, um passageiro que não sabe quem é, devendo estar perdido! Se alguém for parente, responsável pelo mesmo, ou puder ajudá-lo a descobrir a sua identidade, solicitamos que compareça no balcão da TAP. Muito obrigada! Com as pessoas atrás dele, rindo desalmadamente, o homem olhou furiosamente para a funcionária, rangeu os dentes e disse, gritando: Vou-te foder....!! Sem pestanejar, ela sorriu e disse: Desculpe, meu caro Senhor, mas mesmo para isso, vai ter que esperar na fila...

Isto sim, é QUALIDADE TOTAL...

segunda-feira, 2 de abril de 2007

Receita de jovialidade de Pablo Picasso

File:Picaso pablo-konkani vishwakosh.jpg"File:Picaso pablo-konkani vishwakosh.jpg" by multiple authors is licensed under CC BY-SA 3.0


"Deita fora todos os números não essenciais à tua sobrevivência. Isso
inclui idade, peso e altura. Deixa o médico preocupar-se com eles. É
para isso que ele é pago. Frequenta, de preferência, amigos alegres. Os
de "baixo astral" põem-te em baixo. Continua aprendendo... Aprende mais
sobre computador, artesanato, jardinagem, qualquer coisa. Não deixes o
teu cérebro desocupado. Uma mente sem uso é a oficina do diabo. E o nome
do diabo é Alzheimer. Curte coisas simples. Ri sempre, muito e alto. Ri
até perder o fôlego. Lágrimas acontecem. Aguenta, sofre e segue em
frente. A única pessoa que te acompanha a vida toda és tu mesmo.
Mantém-te vivo, enquanto vives! Rodeia-te daquilo de que gostas:
família, animais, lembranças, música, plantas, um hobby, o que for. O
teu lar é o teu refúgio. Aproveita a tua saúde; Se for boa,
preserva-a. Se está instável, melhora-a. Se está abaixo desse nível,
pede ajuda. Não faças viagens de remorso. Viaja para o Shopping, para a
cidade vizinha, para um país estrangeiro, mas não faças viagens ao
passado. Diz a quem amas, que realmente os amas, em todas as
oportunidades. E lembra-te sempre de que: A vida não é medida pelo
número de vezes que respiraste, mas pelos momentos em que perdeste o
fôlego: de tanto rir... de surpresa... de êxtase... de felicidade..."
"Há pessoas que transformam o Sol numa simples mancha amarela, mas há
também as que fazem de uma simples mancha amarela o próprio Sol"


Pablo Picasso

sexta-feira, 23 de março de 2007

EMBRIAGUEM-SE

800-conc-11-4_uma janela de eiró"800-conc-11-4_uma janela de eiró" by Fer.Ribeiro is licensed under CC BY 2.0

É preciso estar sempre embriagado. Aí está: eis a única questão. Para não sentirem o fardo horrível do Tempo que verga e inclina para a terra, é preciso que se embriaguem sem descanso.

Com quê? Com vinho, poesia ou virtude, a escolher. Mas embriaguem-se.

E se, porventura, nos degraus de um palácio, sobre a relva verde de um fosso, na solidão morna do quarto, a embriaguez diminuir ou desaparecer quando você acordar, pergunte ao vento, à vaga, à estrela, ao pássaro, ao relógio, a tudo que flui, a tudo que geme, a tudo que gira, a tudo que canta, a tudo que fala, pergunte que horas são; e o vento, a vaga, a estrela, o pássaro, o relógio responderão: "É hora de embriagar-se! Para não serem os escravos martirizados do Tempo, embriaguem-se; embriaguem-se sem descanso". Com vinho, poesia ou virtude, a escolher.

Charles Baudelaire


quinta-feira, 22 de março de 2007

Favas com Cid

Vejam este video raríssimo, do grande Elton John Português, ainda com idade de moço.

terça-feira, 6 de março de 2007

RESUMO DA HISTÓRIA DO VINHO

Na Bíblia menciona-se pela primeira vez a videira: «Noé plantou a vinha e tendo bebido do seu vinho, embriagou-se». As alusões que a ela se fazem, tanto no Antigo como no Novo Testamento, são numerosas.


Baco Quadro de Caravaggio. Fonte: http://historia.iesdiegodeguzman.net/

A historia da vinha encontra-se ligada desde a mais remota antiguidade à da mitologia oriental, especialmente à de Baco, que, a partir da Ásia, irradiou-se para o Egipto, Tracia (hoje, sul da Bulgária) e países mediterrâneos. A adoração de Baco pelos iniciados ia alem da simples veneração devida ao criador e protector da videira. Na sua concepção inicial, Baco apareceu como una espécie de divindade suprema. Porém, logo que se descobriu o seu caracter, seu culto se desenvolveu para todo o seu lado mundano: a celebração da vinha e do vinho. Em Atenas dedicaram-lhe festas especiais. Procissões e espectáculos dramáticos tomavam um dia por ano totalmente dedicado a Baco.

Quanto aos Bacanais, estes nasceram provavelmente no Egipto, de onde passaram para a Grécia e mais tarde para Roma com um inusitado caracter de orgia, a tal ponto que os poderes públicos decretaram a sua suspensão em 186 a.C.

A dedicação da vinha a uma divindade, a importância que se lhe dá nas escrituras bíblicas assim como o prestigio do vinho, presente em tantas cerimonias religiosas e profanas, levou ao desenvolvimento de uma iconografia riquíssima e de grande valor documental. Nos baixos-relevos assírios, nas pinturas funerárias egípcias e nas as tábuas achadas em Cartago, Tuniz e Marrocos, encontram-se referências à videira e ao vinho.Os achados, tanto em terra como no fundo dos mares, de numerosíssimos vestígios, são testemunhos que se somam às infinitas provas que enchem os museus, palácios, templos antigos, catedrais, mosteiros e castelos.

O vinho ocupa um posto de honra na literatura de todos os tempos. Homero já citava, séculos antes de Jesus Cristo, alguns vinhos de renome na antiga Grécia. Dá detalhes referentes até à maneira de beber. A lista dos poetas que no decorrer dos séculos se inspiraram no vinho e, como Virgílio, contribuíram para a sua historia, é interminável. Encontramos informações preciosas e completas em verdadeiros tratados de agricultura em que se descrevem todas as práticas vinícolas que se realizam hoje em dia: saibra, plantação, adubação, enxertos, poda, etc., assim como a vinificação.Graças a certos autores como o poeta Hesíodo, os historiadores Herodoto e Jenofonte e o geógrafo Estrabão, conhecemos exactamente como estiveram repartidos os vinhedos na Antiguidade. Na Ásia prosperavam sobre as margens do golfo Pérsico, na Babilónia, na Assíria, no litoral dos mares Cáspio, Negro e Egeu, na Síria e na Fenícia. Palestina, pátria da fabulosa descendência de Canaã, possuía una gama de vinhos de grande reputação que provinham de plantas seleccionadas e cultivadas com esmero segundo os métodos que havia estabelecido a lei hebraica.
Fonte:Lusowine.com

quarta-feira, 28 de fevereiro de 2007

Se dúvidas que o teu corpo


Se duvidas que teu corpo
Possa estremecer comigo –
E sentir
O mesmo amplexo carnal,
– desnuda-o inteiramente,
Deixa-o cair nos meus braços,
E não me fales,
Não digas seja o que for,
Porque o silêncio das almas
Dá mais liberdade
às coisas do amor.

Se o que vês no meu olhar
Ainda é pouco
Para te dar a certeza
Deste desejo sentido,
Pede-me a vida,
Leva-me tudo que eu tenha –
Se tanto for necessário
Para ser compreendido.

António Botto

quinta-feira, 22 de fevereiro de 2007

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2007

Palavras perdidas....

Caros rexinxas,
Ontem o S.Valentim andava por ai, e a rexinxaria aproveitou para fazer um ajuntamento à volta de uma mesa redonda, daí saíram estas belas palavras.

Porque tu já és parte de mim
Da minha alma
E do meu corpo
E por isso é que eu as vezes me esqueço
___

Por tudo o que sonhei
Por tudo o que passei
Finalmente Encontrei a mulher
que nunca esquecerei
___

Dos teus olhos sonhei
Dos teus olhos acalmei
Dos teus olhos amei
Da saudade que deixei
___

Se as discussões fossem como o açúcar,
já seríamos diabéticos…
Mas não te preocupes,
que eu sou imune aos diabetes
Adoro-te
___

O teu olhar
O teu caminhar
O teu amar
Oh! Laura ó meu amor.